terça-feira, 25 de agosto de 2009

JOVENS ORGANIZAM DEBATE



JOVENS, REPRESENTANTES DE DIVERSAS ORGANIZAÇÕES, E QUE FAZEM PARTE DO FÓRUM MUNICIPAL DE JUVENTUDES, DE SÃO LUÍS, ESTÃO ENVOLVIDOS COM O PROJETO MALETA DEMOCRÁTICA, UMA INICIATIVA DO CANAL FUTURA, EM PARCERIA COM DIVERSAS ORGANIZAÇÕES. QUE TEM COMO PRINCIPAL OBJETIVO A TROCA DE EXPERIÊNCIA E A FORMAÇÃO EM REDE. UMA VERDADEIRA VIAGEM, NA INTERATIVIDADE, DO PROCESSO DE FORMAÇÃO. @s JOVENS ARRUMARAM A MALETA DA INFRMAÇÃO, PARA COMPARTILHAR COM TOD@S, DURANTE O PROJETO.

PARTICIPE! E MULTIPLIQUE AS IDÉIAS CRIATIVAS, DA GALERA DE ATITUDE!


A JUVENTUDE DO FMJ, MOSTRANDO SEU TRABALHO!

JUVENTUDES EM MOVIMENTO: PARTICIPE DESSA LUTA!






quarta-feira, 19 de agosto de 2009

MOVIMENTO MARANHÃO CONTRA A PEDOFILIA

Fórum Municipal de Juventudes de São Luís, organiza o Movimento "Maranhão Todos Contra a PEDOFILIA".

No dia 18 de agosto, as entidades do Fórum de Juventude de São Luís estiveram presentes para organizar o grande movimento Maranhão Todos Contra a Pedofilia. As entidades que estavam na reunião da Coordenação do Ato Púbçlico foram: BEMFAM, RENAJU, COLETIVO JOVEM DO MEIO AMBIENTE, COLEGIADO DA JUVENTUDE, UMADESL, MEI, ASSOCIAÇÃO DOS EX-CONSELHEIROS (AS) TUTELARES, CONSELHO COMUNITÁRIO DE SEGURANÇA DA AURORA. Onde as mesmas estarão na Coordenação Geral do Movimento.
As Juventudes, na luta para combater a Pedofilia e a Violência contra os (as) Jovens no Maranhão.
As atividades acontecerão no dia 07, 08 e 09 de Setembro, no Estado, e as demais Instâncias: Conselhos de Direitos, Tutelar, Fóruns Municipais de Juventude, Fórum Estadual de Juventude, Conselho Estadual de Juventude, Fórum DCA e demais Organizações em defesa e garantia dos direitos de crianças e adolescentes, serão mobilizadas para estarem à frente das atividades e do Ato Público: " Maranhão: Todos Contra a Pedofilia".
É isso aí, as Juventudes, mostrando como se faz e constrõe o Movimento Social. Todos que aderirem ao Movimento estão assumindo um compromisso, com a Criança do Estado, além de reafirmar o trabalho, com adolescentes e jovens.

Maiores Informações: forumjuventudesl@gmail.com
Grupos FMJ: fmj_saoluis@grupos.com.br
BEMFAM:(98) 8817-3654

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Projeto forma 150 adolescentes e jovens em Direitos Sexuais e Reprodutivos

Projeto A VOZ DOS JOVENS forma 150 adolescentes e jovens em Direitos Sexuais e Reprodutivos

Cerca de 150 adolescentes e jovens de sete comunidades de São Luís - Maracanã, Vila Maranhão, Povoado Argola e Tambor, Gapara e Vila Nova República, na área Itaqui-Bacanga, e de Cidade Olímpica e Janaína concluem nesta quarta-feira, dia 19, o projeto A Voz dos Jovens “Desenvolvimento de Capacidades em Direitos Sexuais e Reprodutivos: A Voz dos Jovens”.

Foram dois anos de atividades intensas, reuniões, seminários, palestras, passeatas e campanhas, nas quais cada adolescente e jovem teve a oportunidade de aprender e de multiplicar em escolas e postos de saúde o conhecimento sobre o tema que obtiveram por meio do projeto.
Houve ainda a capacitação de 60 professores de escolas públicas das áreas abrangidas pelo projeto, no intuito de promover melhorias na metodologia e adequação do trabalho desenvolvido por eles, para que alguns temas transversais deixassem de ser um tabu em sala de aula. “Antes do projeto era muito difícil falar para os alunos do nu na disciplina de artes, mas hoje parece a coisa mais natural do mundo”, declara a professora Conceição Oliveira Paixão, da escola João do Vale, no Gapara.

A jovem Sinara, 16 anos, da comunidade Vila Nova República conta que o trabalho que realizaram como monitores foi muito proveitoso e diz acreditar que muitas pessoas foram beneficiadas pelas informações repassadas. “A gente fazia ações, atividades nos postos de saúde, nas ruas e levava informações para aquelas pessoas que tinham carência de conhecimento, que não sabiam e não procuravam se informar sobre DSTs, preservativos e outras coisas assim. E com o nosso trabalho a gente pode ajudar muita gente. Gostei muito da experiência”, relata a jovem.
O projeto é uma realização da Plan Brasil com a facilitação da Bemfam - Bem Estar Familiar no Brasil (parceria PLAN e BEMFAM).
A BEMFAM E PLAN oraganizaram o Seminário de Encerramento do Projeto A Voz do Jovem, para acontecer dia 19 de agosto (amanhã), as 14 horas, no Auditório Botânico da Vale - Itaqui Bacanga.

Estarão presentes, a gerente da Unidade de Programas da Plan em São Luís, Célia Bonilha, a coordenadora da Bemfam no Maranhão, Graça Lima, representantes das secretarias de Educação e Saúde do Estado, e membros do Grupo Gestor Estadual do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas, o qual dará continuidade às ações. Na oportunidade serão apresentados os resultados da pesquisa CAP - Conhecimentos, Atitudes e Práticas em SSR – Saúde Sexual e Reprodutiva e alguns relatos de experiências e depoimentos de professores e jovens multiplicadores do projeto.


EVENTO: Seminário de Encerramento do projeto: "Desenvolvimento de Capacidades em Saúde Sexual e Reprodutiva."
DIA: 19 de agosto, quarta-feira.
HORA: 14h.
LOCAL: Auditório Parque Botânico Vale do Rio Doce.

PROGRAMAÇÃO
• 14h: Abertura.
Composição da mesa com a fala da Bemfam (Graça Lima), Plan (Célia Bonilha) secretários de Educação e Saúde, e do Grupo Gestor Estadual do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas, que dará continuidade às ações do projeto de DSSR.
• 14h30: Apresentação dos resultados da pesquisa CAP (Conhecimentos, Atitudes e Práticas em SSR) e mostra do comparativo da pesquisa diagnóstico do início do projeto com a atual.
• 15h: Relatos de experiências e depoimentos de três professores, três jovens multiplicadores e de quatro jovens ativistas e monitores.
• 16h: Apresentação cultural dos jovens participantes do projeto.
• 16h30: Encerramento com coffee-break.

Mais informações e fotos:
karina Martins - BEMFAM 3212-8680
Selma Rosa - Assistente de Mídia e Comunicação/Mídia and Communication Assistant Plan BrasilAvenida Colares Moreira, Q. 121, Nº 01Renascença – São Luís, MaranhãoCEP 65075-441- BrasilTel: +55 98 3227-4882Mobile: +55 98 8864-1042Fax: +55 98 3235-4406

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Acordo e Votação

12/08/2009

Acordo entre Brasil e Santa Sé deve ser votado hoje


O Acordo entre Brasil e Santa Sé está na pauta, para votação em caráter de urgência, da Reunião Ordinária Deliberativa da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, marcada para hoje (12), às 10h, no Plenário 3, Anexo II.O acordo institui o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, e trata de temas como casamento; imunidade tributária de entidades eclesiásticas; funcionamento de seminários e de instituições católicas de ensino; prestação de assistência espiritual em presídios e hospitais; garantia do sigilo de ofício dos sacerdotes; e visto para estrangeiros que venham ao Brasil realizar atividade pastoral, entre outros.Os grupos religiosos que defendem o acordo estão se mobilizando para que o mesmo seja votado sem alarde e sem debates dentro do Congresso Nacional. Em sentido oposto, os movimentos de mulheres e outros setores da sociedade civil defendem a realização de audiências públicas para discutir o conteúdo do documento, sob pena de inviabilizar o debate democrático pela ausência de informações e restrição à participação de estudiosos sobre o tema e setores interessados neste assuto.

Fonte: Grupo Curumim

POLÍTICAS PÚBLICAS?

Sim, Políticas Públicas, quem não ouviu falar!? Duas palavras, que não é fácil compreender.
Podemos entender Política, como a ARTE DE GOVERNAR: Administração da coisa pública. É isso mesmo, coisa pública, corresponde a tudo aquilo que é de todas e todos, ou seja, aquilo que não tem dono. A discussão sobre políticas públicas é recente e não existe um consenso sobre seu significado.
Podemos compreender políticas públicas como um conjunto de ações articuladas, de responsabilidade do governo, e construídas com a participação popular, visando a qualidade de vida de todas as pessoas, nas áreas de educação, saúde, moradia, segurança, cultura, esporte, lazer etc.Estas políticas surgem como uma resposta às necessidades e reinidicações da sociedade, em defesa dos direitos humanos e da redução das desigualdades sociais. (Rede Sou de Atitude). Políticas Públicas de verdade, necessita de orçameto para ser executada, por que não adiantam metas e ações, se elas ficarem só no papel.Elas precisam de grana para serem colocadas em práticas.
É, mais para isso tudo acontecer, cabe a nós fazermos o Controle Social, mecanismo de direito dos cidadãos e cidadãs, de interferir nas ações do poder público, podendo mexer no curso das tomadas de decisões, validação e concretização dos nossos direitos.

A juventude participando e monitorando as ações governamentais. Queremos uma política de Estado e não assistencialismo e omissão das partes governamentais.
Atitude Juventude, na compreensão dos fatores sociais, econômicos e políticos do povo brasileiro, maranhense e ludovicense.

SE LIGUE NAS DATAS

PPA - É enviado do Poder Executivo para o Legislativo até 31 de agosto do primeiro ano do mandato. O Legislativo deve aprovar até 15 de dezembro.


LDO - É enviada do Executivo para o Legislativo até 15 de abril. O Legislativo deve aprovar até 30 de junho.


LOA - É enviada do Executivo para o Legislativo até 30 de setembro. O Legislativo deve aprovar até 15 de dezembro.

MONITORAMENTO ENSINO MÉDIO E CONSELHOS

REDE SOU DE ATITUDE DO MARANHÃO está organizando o Plano de Ação, para realizar os Monitoramentos do Ensino Médio e Conselhos de Direitos/Tutelar, em São Luís e vai aproveitar para fazer os municípios da Região Metropolitana, além de priorizar os municípios do Semi-Árido do Maranhão, pois a mesma desenvolveu o Monitoramento, em parceria com o UNICEF, sobre a Educação e o Controle Social.
A Rede Sou de Atitude é uma Rede Nacional, que tem como princípios norteadores, o monitoramento das Políticas Públicas de crianças, adolescentes e Jovens. A Rede existe em vários Estados brasileiros e no Distrito Federal. O monitoramento, que o núcleo MA, realizará tem apoio da CIPÓ - Comunicação Interativa, que é responsável pelos projetos desenvolvidos em parceria com o UNICEF E CONANDA.
A Rede Sou de Atitude, tem o dever de monitorar as políticas públicas de/com e para as juventudes do Estado. A novidade é que o Núcleo do MA convidará algumas entidades dos movimentos sociais: criança/adolescente e juventude, para serem colaboradoras, na pesquisa do monitoramento executado pela Rede Sou de Atitude do MA. A Rede, desenvolve um trabalho articulado com outras organizações, e fazer monitoramento requer a participação de vários atores sociais, por que qualifica e amplia a aplicabilidade dos questionários, por municípios mapeados. ARede organizará uma oficina, sobre as metodologias de monitoramento, para as entidades convidadas e envolvidas com o projeto.
Vamos fazer valer nossos DIREITOS, fique de olho no nosso MONITORAMENTO.

Dayana Roberta - Integrante da RSA/MA

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

AS JUVENTUDES E O PROTAGONISMO

As entidades e movimentos sociais ao trabalhar com a/o jovem, deve-se encará-la/o como atoreza e ator do processo, sendo propositiva/o. O foco do Protagonismo Juvenil é a criança, a/o adolescentese e jovens, participando ativamente de todo o processo. De acordo com Costa, quando o adolescente, individualmente ou em grupo, se envolve na solução de problemas reais, atuando como fonte de iniciativa, liberdade e compromisso, temos, diante de nós, um quadro de participação genuína, o qual pode ser chamado de protagonismo juvenil. (1999,s.p.). Esta reflexão de Costa, nos remete outra situação, com relação às crianças, adolescentes e jovens, que não tem a oportunidade de atuar como protagonistas, por que seguem decisões já tomadas, sem acontecer a participação.Nos projetos sociais, cabe a instituição, movimento fortalecer o papel da/o jovem, no compromisso ético e político, além de contribuir permanentemente com a formação crítica, para as tomadas de decisões.
O protagonismo juvenil corresponde à AÇÃO mais MUDANÇA, com objetivo para a TRANSFORMAÇÃO da Realidade. Não adianta ser protagonista de um trabalho e permanecer em pequenas ilhas, sem constituir uma rede.
Parafrasenado o Dr. Marcos Bulhões - Deve-se sair da inércia e começar a criar Ilhas de Desordem.
Os Resultados da pesquisa Adolescente e Jovens do Brasil: participação social e político, mostrou que as/os entrevistadas /os destacam a Discriminação Racial, como o segundo maior problema brasileiro, logo após vem a Corrupção e seguido das questões de segurança.
A juventude está de olho nas problemáticas sociais.

Jovens no Encontro do SPE em Fortaleza




No dia 10 a 12 de agosto, está acontecendo em fortaleza a Formação do Projeto "Saúde e Prevenção na Escola" para e com jovens, além de contar com a participação de profissionais na área de saúde e educação.


O jovem multiplicador do Centro de Jovens da BEMFAM - Jean Rousseau e a ponto focal Karina Martins, participaram do encontro do SPE. A galera do CJ/BEMFAM, fica muito feliz pela participação ativa d@s Jovens Multiplicadores (as), nos encontros, fóruns, conselhos e eventos.


Do Marnhão, lém da BEMFAM, estavam presentes os Jovens, Ailson do SOLEVIDA, os jovens do SPE/MA e o Secretário Geral do FEJMA - Raphael Oliveira. Os Jovens do Maranhão, fazendo bonito no encontro, em Fortaleza!


Estão de parabéns pela ATITUDE, na participação pela construção da qualidade de vida d@s jovens!

domingo, 9 de agosto de 2009

PROJETO DE TEATRO NAS COMUNIDADES


O projeto de teatro, nas comunidades está em período de inscrição, para participantes.
De acordo com Dayana Roberta, acadêmica de Licenciatura em Teatro/UFMA e coordenadora do projeto, @s mobilizadores (as) estão recebendo as fichas de inscrições, para análise da faixa etária, e levantamento das demandas.
O projeto inicia em agosto e vai até setembro, depois vamos para outro bairro, quando tivermos com o mapeamento, o projeto pode continuar por mais três meses, trabalhando para determinado público.
O objetivo do projeto é proporcionar ao público excluído, o acesso à oficina de teatro e a apropiação aos bens da informação. Com as aulas de teatro, nos bairros, poderemos abordar as questões que afligem a comunidade, fortalecer o protagonismo de tod@s! Para nós, que trabalhamos com as Artes Cênicas é motivo de orgulho, repassar pras pessoas, o que sabemos fazer tão bem, que é dar aula e estar no palco.
A comunidade terá oportunidade, de conhecer as linguagens teatrais e saber apreciar um espetáculo. Não queremos preparar atores e atrizes, mas sim despertar em cada aluna(o), o senso crítico e sensibilizar para a importância do projeto de vida. Este projeto, faz parte do processo de pesquisa, do teatro nas comunidades.



Fonte: entrevista para o Boletim da Comunidade Isabel Cafeteira.

Considerações sobre a redução da maioridade penal


São Luís, 07 de agosto de 2009
Por Jonathan Guimarães

Mais uma vez a discussão em torno da redução da maioridade penal ganha grande destaque nos meios de comunicação de massa e no debate público atual.Claro que as argumentações que ora se apresentam provocam uma tensão social surgida das opiniões conflitantes sobre o tema e partem evidentemente de uma problemática que aflige o país: casos de adolescentes envolvidos em atos infracionais. Ledo engano pensar que esta preocupação e as propostas daí advindas em reduzir a imputabilidade penal encontra suas raízes na contemporaneidade brasileira.Desde a outorgação do primeiro Código Penal da nação brasileira, em 1830, percebe-se a existência de debates calorosos para definir este marco, tendo modificado de lá para cá as idades que estabelecem a maioridade penal em nossa sociedade.É notório atentar que, mesmo em épocas anteriores as idades para se julgar uma pessoa criminosa tenha sido bastante reduzida em relação à atualidade, não podemos esquecer-nos do contexto histórico-social em que foram produzidas e as concepções que se tinham sobre a infância.Philippe Áries, historiador francês, nos informa que o sentimento que hoje possuímos sobre a infância enquanto ser digno de uma atenção especial e com suas peculiaridades de desenvolvimento social, irá se constituir em um processo lento ao longo da idade moderna. Durante a idade média, por exemplo, as crianças confundiam-se com os adultos assim que se consideravam capazes de exercerem algumas atividades sem a ajuda da mãe ou ama, que se dava geralmente por volta dos sete anos de vida, a chamada “idade da razão”, para os poetas barrocos.Esse modo de conceber as crianças enquanto seres diluídos dentro de uma teia social perpassará também no contexto brasileiro sistematizada ainda no Código Penal de 1890, onde fixa a imputabilidade penal plena, com caráter objetivo, nos quatorze anos de idade.Com o desembocar do século XX, no bojo das discussões republicanas de construção de uma sociedade ideal, a questão infanto-juvenil ganha conotações políticas. Nesse momento ressalta-se a necessidade de intervenção do Estado na educação e/ou correção, de modo que como futuro cidadãos pudessem incorporar desde cedo a importância de seus papéis úteis e produtivos a serviço dos objetivos da nova nação.No entanto, a preocupação não se dará na mesma medida e da mesma forma com todas as crianças. Ela recairá sobre aquelas que potencialmente representaria uma ameaça ao projeto político do Brasil: as crianças pobres ou como preferiam “menores”. A consolidação desta idéia vem em 1927, com a promulgação do primeiro Código de Menores brasileiro, fruto de uma aliança de médicos higienistas e juristas que tratava das questões relativas a assistência e proteção dos “menores”.Com base na doutrina do Direito do Menor, esse aparato jurídico possuía uma estrutura de forma centralizada, limitando a participação de diferentes atores políticos, onde o Juiz de Menor detinha poderes de execução, legislação e de aplicação da lei. Aspecto ainda relevante reside no fato da grande importância que possuía as unidades de internação, já que elas seriam as responsáveis por corrigir deficiências e falhas existentes no processo de socialização do “menor”. Para isso foi pensado todo um mecanismo de controle, guarda, vigilância, reeducação, reabilitação e reforma. Como afirma a promotora de justiça Janine Borges Soares, o Código de Menores reflete um profundo teor protecionista e a intenção de controle total das crianças e jovens, consagrando a aliança entre Justiça e Assistência, constituindo novo mecanismo de intervenção sobre a população pobre.O Código Mello Mattos, como ficou conhecido o primeiro Código de Menores, estabeleceu que o menor abandonado ou delinqüente, menor de dezoito anos, ficaria submetido ao regime estabelecido por este Código, eximindo o menor de catorze anos de qualquer processo penal, e submetendo o maior de catorze e menor de dezoito anos a processo especial.Em 1979, sob influência do Regime Militar, essa legislação passa por uma reformulação, mudando sua base doutrinária baseada agora no conceito de “Situação Irregular”. Fica clara com esta mudança, a necessidade de se deixar evidente o controle que deveria ter aqueles considerados de condutas suspeitas, ou que sofriam maus-tratos da família, ou estavam em situação de abandono pela sociedade, ou seja, qualquer pessoa até dezoito anos de idade que não se ajustassem a um padrão estabelecido visto que apresentavam uma patologia social.Depois de viver sob um regime ditatorial, o Brasil passa então por um processo de redemocratização política e os movimentos sociais ganham forca, se mobilizam e se rearticulam reivindicando maiores direitos de participação. No cerne desse movimento vários segmentos da sociedade brasileira clamam por mudanças também para o segmento infanto-juvenil, cujo aparelho jurídico não correspondia com a nova realidade por qual passava o país.A mudança vem com a promulgação da nova Constituição Federal em 1988 no seu Artigo 227. O artigo, baseado na Doutrina da Proteção Integral perpassará também o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA -, este por sua vez, promulgado a 13 de julho de 1990, passa a tratar a temática infanto-juvenil como prioridade absoluta na formulação e implementação das políticas públicas enquanto sujeitos de direitos e em condição peculiar de desenvolvimento, co-responsabilizando os diversos atores sociais para a garantia desses direitos.Não restam dúvidas a grande transformação de paradigmas que houve com esta nova lei, considerada uma das mais avançadas no mundo para este segmento. A alteração jurídica parece não corresponder a uma alteração cultural na forma de conceber a realidade daquelas crianças que ainda não fizeram sentir de perto o que lhe foi prometido, que apesar de dezesseis anos de promulgada, há um fosso enorme entre direitos legais e direitos reais em nosso país. Sem falar na permanência de concepções atreladas a um ideal autoritário, resquícios de uma cultura política despótica e impositiva, o que faz que o ECA torne-se subordinado a tais práticas, com presença ainda visivelmente em parcelas conservadoras de nossa sociedade.Fato relevante é que, apesar de mais uma década de existência, vê-se ainda grande distorções sobre o que ela representa. Uma dela condiz com a inexistência de medidas punitivas àqueles que cometem algum ato infracional, difundindo a idéia de incentivar a criminalidade através da impunidade. O Estatuto em seu artigo 6º do Capítulo I reforça que “na interpretação desta lei, levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se destina”, e portanto, não quer dizer necessariamente que as crianças e adolescentes que cometem ato infracional não venham ser responsabilizado. Para isso trata em seu Título III sobre esta questão, onde estabelece seis medidas a serem aplicadas na ocorrência de crime ou contravenção penal sendo eles autores: a advertência; obrigação de reparar o dano; prestação de serviços à comunidade; liberdade assistida; inserção em regime de semiliberdade; e a internação de um período que pode chegar até três anos, o que corresponde a 10% do total de pena máxima que um adulto pode ter. Por privilegiar o aspecto educacional e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários (art. 100), para alguns o ECA ainda não se legitimou socialmente sob a égide de uma perspectiva criminalizadora dos antigos códigos de menores.Para finalizar, considero válido fazer uso do pensamento do cientista político Edson Passetti: “ou ampliam-se às conquistas jurídicas consagradas no ECA, renovando a mentalidade dos juízes, promotores e advogados (e da sociedade em geral), ou caminharemos para o retrocesso à situação do início do século passado com prisões e internatos, só que agora em instalações computadorizadas e controladas por fibra ópticas, reconhecendo-se que nada servem para corrigir comportamento ou educar”.

sábado, 8 de agosto de 2009

Instituições são indicadas no FMJ, para Executiva do COMJOVE

Por Dayana Roberta*

No dia 07 de agosto, aconteceu a reunião ordinária do Fórum Municipal de Juventudes - FMJ de São Luís, que teve como pauta vários assuntos e deliberações. Uma delas foi a indicação das entidades/membros para os cargos de Vice-Presidente e Secretário Geral, no Conselho Municipal de Juventudes de São luís - COMJOVE. A Presidência é do Poder Público, e os outros dois cargos, o Coordenador Municipal de Juventude - Zé Linhares, disponibilizou para a Sociedade Civil, mesmo o primeiro mandado do COMJOVE sendo do poder público.
Durante uma semana, alguns representantes das entidades, queriam saber quais eram @s membros que estavam com interesse nos cargos. Alguns jovens, colocaram os nomes das entidades, para serem apreciados pelos demais. No dia 06 de agosto, foi marcado uma reunião, para o conhecimento dos nomes, para a executiva, porém não aconteceu devido pouca participação d@s outr@s representantes. No dia seguinte, durante a reunião do FMJ, @s nomes foram para apreciação e indicação. FEONGMA - Priscila (Secretaria Geral), CES - Lucivaldo Lopes( Secretaria Geral), RENAJU - Luís Claúdio (Vice Presidência), UMADESL - Japí (Vice - Presidência), Colegiado da Juventude - Miranilde(Secretaria Geral), RSA - Sidney Costa (Vice Presidência).
A maioria das entidades, que participaram da reunião, preferiram chegar no consenso, até por que o sucesso do trabalho e conquistas do Conselho se dará pelo trabalho, compromisso e dedicação de tod@s. Miranilde do Colegiado da Juventude, não colocou mais a disposição, seu nome para a executiva. Japí da UMADESL, retirou o nome, Sidney Costa da Rede Sou de Atitude - RSA/MA, retirou a indicação da entidade. Os nomes acima citados, retiraram por que tod@s entenderam que a indicação dar-se-ía pelo grupo do FMJ.
Como disse Sidney RSA "Eu nunca tomei uma decisão, só pra mim, muito me espanta a postura de alguns companheiros, que falam uma coisa e fazem outra. Eu sou uma pessoa íntegra, tenho ética. Não uso as pessoas para me beneficiar, eu tenho dignidade e só retirei o nome, por causa de três pessoas aqui, Glauber, Dayana Roberta e Mauro, onde conversei com eles e ela, para chegarmos na unidade e no trabalho coletivo. A Rede Sou de Atitude tem trabalho em São Luís e no Estado, no monitoramento e discussão das políticas públicas.Que a construção seja de fato, com projetos para o Fórum e Conselho. Vou indicar o que o grupo decidir, for o consenso, mesmo que tenha algum nome, que não seja a minha preferência, nós temos que pensar no trabalho coletivo".
A RENAJU, e a CES tiveram nove (9) indicações para os respectivos cargos: Vice Presidência e Secretaria Geral. A FEONGMA, uma indicação para a Secretaria Geral e teve uma anulação na indicação para a Vice Presidência.
A reunião foi bastante tranqüila, não houve briga por parte de nenhum representante, @s representantes das entidades do Fórum Municipal de Juventudes de São Luís deu um exemplo de amadurecimento político, durante uma decisão de indicação da sociedade civil, para o Conselho Municipal de Juventude. O mandato das entidades na Executiva do COMJOVE é de um ano, pois o modelo de gestão é compartilhado. Temos um processo, que contempla 22 entidades do movimento de juventude de São Luís, que desenvolvem um trabalho no FMJ, 11 são titulares e 11 suplentes. Um ano de atuação para as instituições titulares e outro para as suplentes, durante a gestão de 2 anos de COMJOVE.
Quem acompanhou a criação em 2005 e trajetória do Fórum Municipal de Juventude, sabe, que a discussão do processo estadual deu-se pelo compromisso das entidades no FMJ, se preocupar com o debate a nível de município e estado.Pra nós o Conselho Municipal de Juventude é uma das conquistas do FMJ, pois o fórum tem uma atuação efetiva no município. Somos referência no nosso Estado e a nível Nacional, pois temos um compromisso com os direitos juvenis. Para alguns jovens, que se consideram líderes e só sabem criticar, sem fundamentação, e que não acreditavam no fórum, nós mostramos que o trabalho em grupo de fato é possível, para as conquistas e lutas pela efetivação dos nossos direitos.
A coordenação do FMJ, composta por Secretaria, Colegiado e GT´s, têm orgulho do trabalho que estamos desenvolvendo no nosso município. Nossos encontros são descentralizados, estamos levando as Rodas de Diálogo, para os bairros de São Luís, envolvendo novos atores sociais, na discussão das políticas públicas.
Na elaboração das Conferências de Segurança, o FMJ estava na COE, através da representação de Luís Claúdio, que coordenou a equipe de Sistematização e Metodologia, na Conferência. O FMJ organizou Roda de Diálogo, Conferência Livre sobre: Juventude, Mídia, Segurança Pública e a Cultura de Paz, @s jovens participaram e discutiram na Conferência Municipal e Etapa Estadual, as questões de segurança e as políticas de juventude, para a prevenção e educação da cultura de direitos e efetivação das nossas políticas. A CES no FMJ, faz parte do Colegiado e no Fórum tem uma atuação compromissada. Muitas entidades estudantis estão no FMJ, mas poucas de fato, assumem o compromisso com as atividades do fórum.
Teve entidade do Movimento Estudantil, que apareceu, só para fazer baderna, gritar e tentar excluir, quem participa. E depois, queria colocar a culpa na secretária, vai ser cara de pau, lá em Brasília, pois eram lá que estavam, para barganhar cargos na secretaria de estado. E para quem não sabe, a decisão das indicações das entidades acontece em plenária do FMJ, se confiaram pensando que a inclusão do acréscimo nos critérios - "Entidades que fazem parte do CEJOVEM, não poderia pleitear a vaga de titularidade, no Conselho Municipal", fossem garantir vagas, dentro do segmento. A coordenação do FMJ, levou todas as decisões para a Assembléia e nunca, em momento algum fechou acordos, para garantir "A" ou "B", no Conselho.
As 22 entidades, que estão no COMJOVE, foram indicadas por segmento e dentro dos critérios levantados e aprovados em reunião. Todas são legítimas, umas com mais tempo de atuação outras com menos tempo, mas isso não quer dizer que não desenvolvem trabalhos de/com e para as juventudes.
Nós estamos de parabéns! Juventudes em Movimento, fazendo parte desta luta, as entidades que coordenam o FMJ:
Secretaria: BEMFAM - Dayana Roberta e MEI - Ulisses (Mãozinha)
Colegiado: PJ - Eunice Chê, GAAC - Tacila Nascimento, GIPO/RENAJU - Luís Claúdio e CES - Lucivaldo Lopes.
Mais uma conquista de tod@s, que fazem parte do Fórum Municipal de Juventudes, saiu do papel a criação do Conselho Municipal de Juventude. Somos responsável, por tudo aquilo que conquistamos, só conseguimos devido o esforço, compromisso de muitas pessoas, por que não começou hoje essa discussão, isto é reflexo do trabalho coletivo.Deixo como reflexão para o movimento de juventude a seguinte estrofe da música de Raul Seixas, "Um sonho que se sonha só, é apenas um sonho. Um sonho que se sonha junto, é realidade".




__________________________





*Atriz, Acadêmica de Teatro/UFMA, Educ. Popular, Feminista, Jovem Protagonista dos Movimentos Sociais - criança/adolescente, juventude e mulheres.